Deixamos San Pedro de Atacama às 9h do dia 30/01. Para entrar na Bolívia, era preciso passar pela cidade de Ollagüe. O que não esperávamos era que a estrada seria tão ruim: não havia asfalto na maior (ou, pelo menos, o que pareceu ser a maior) parte do trecho. Raramente apareciam placas, o que nos deixava na dúvida sobre se aquele era o caminho correto. Apenas dois caminhões passaram pela mesma estrada que nós - não havia nenhum carro, nenhum posto de gasolina, nenhuma cidade ou povoado por perto. Ao chegar à fronteira, não tivemos grandes problemas além de ter que esperar até que a luz voltasse para continuar o trâmite.
De Ollagüe, a idéia inicial era seguir até Uyuni, que está bem perto, para conhecer o maior deserto de sal do mundo. No entanto, as condições inesperadas da estrada mudaram nossos planos. O ônibus tremia com os buracos da pista. Já não dava para guardar bolsas, mochilas ou edredons nos compartimentos superiores, porque acabavam caindo nas poltronas. Tivemos que parar em San Cristóbal, uma cidade bem pequena no meio do caminho para Uyuni. Jantamos num pequeno restaurante, que ainda estava aberto tarde da noite. Nosso hotel foi o melhor da cidade, com água quente e tudo.
O frio era muito intenso, parecia que nem com várias camadas de roupas sobrepostas seria possível suportá-lo. Já estávamos numa altitude bastante elevada, mas poucas pessoas tiveram o chamado "mal da altitude". Para os que apresentavam sintomas, o nosso médico de plantão receitava mascar folhas de coca, o que se mostrou bastante efetivo. Mas, se alguém piorasse, também tínhamos medicamentos convencionais disponíveis.
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